Eu e o transplante renal

Até agora eu não pensei muito bem sobre a realidade do transplante renal. Acho que estava tão ocupada com a diálise, com a minha vida, que não parei para pensar totalmente no transplante, embora estou cadastrada na fila de doador cadáver, visto que não tenho doador em vida. Eu estava cadastrada até o momento em um hospital, fiquei três anos. Resolvi mudar de hospital para o cadastro de transplante, quem sabe dá uma sorte!!!!!!!!!!Bem percebi que preciso mesmo é de sorte!!!!!!!!!!!!!!!!!de sorte e saúde para aguentar a espera que é longa. O médico me disse que conforme somos cadastrados o que será levado em conta na hora que formos chamados será além da compatibilidade o estado geral da saúde do paciênte. Para que eu não sofra esta espera, consegui um recurso interno. Tento esquecer do transplante e procuro levar a minha vida o melhor possível sem achar que o transplante será minha salvação, pois ninguém sabe o que será, não é? É tudo tão imprevisível!!!!Quando será o transplante? Quanto tempo ficarei com um novo rim? Como será minha nova vida de transplantada? Sabe de uma coisa, aconteça tudo no tempo certo e como Deus quizer!!!!!!!!!!!!!!Só fico triste de repetir a mesma situação de minha mãe e minha tia hoje falecidas. Sexta feira fui fazer minha nova inscrição, na verdade uma troca. Achei tudo tão vago. Uma imensa fila, eu e milhares de pessoas lutando por um rim e o nosso destino .O local que tirei o soro foi o que eu estive a catorze anos com minha mãe na mesma situação. Estávamos lá eu minha mãe e a esperança. Aí novamente para eu não me entristecer, pensei: -Marcia, cada um tem seu destino.