sexta-feira, 19 de março de 2010

Este espaço é para você Renal Crônico/ familiar

Escreva sua experiência própria ou com uma pessoa querida. Sua experiência pode ajudar outras pessoas que se encontram na mesma situação.

6 comentários:

  1. Sou Renal crônica em tratamento conservador, tenho tentado viver da melhor maneira possivel, mas confesso que sofro calada, apesar de receber mto apóio na minha familia, principalmente de meu marido. Marcia, tua função renal se agravou muito após a gravidez? Estou dividida entre ser ou não mãe, pois meu nefro desaconselha juntamente com obstetra, mas dizem q a decisão é minha. Estou com creatinina de 3,2.
    Bom, vou visitar sempre o teu blog, adorei.
    Bj
    Alessandra

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  2. Kely, cada caso é um caso. Depende de vários fatores.Precisa ser estudado seu histórico, diagnóstico. No meu caso, sou portadora de rins polisciticos, tive Prê-eclampsia com 5 meses de gravidez, o que acabou debilitando meus rins e o falecimento de meu primeiro bebê.Mesmo assim como eu queria muito ser mãe optei por engravidar novamente e deus me ajudou e hoje tenho um lindo filho que me dá muita alegria.Se você resolver ter seu filho, precisa ter um acompanhamento do nefro e do obstetra muito rigoroso. Eu fiquei de repouso a gravidez inteira, tomei medicamento para gravidez, alimentação adequada, vivi para esta gestação e valeu a pena.se eu não pudesse engravidar com certeza jáestaria com um filho adotado, pois tenho muito amor para dar.beijos

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  3. Kely retificando: medicamento para pressão alta, beijos

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  4. Eu não gosto muito de falar de mim.
    As pessoas começam a me olhar como se eu fosse de uma espécie exótica. Talvez o que mais irrite um paciente renal seja o olhar de piedade que a maioria das pessoas pensa (erroneamente) que nos deve. Imagino que outros deficientes tenham a mesma queixa, não sei.
    Não vou descrever o que aconteceu, há milhares como eu, nossas histórias não diferem em quase nada.
    Primeiro vem o impacto. E como acontece com os impactos, nem sabemos o que nos atingiu, parecemos bonecos articulados, movem-se, mas sequer tem consciência disto. Depois, lentamente, vamos assimilando o ocorrido, contando as perdas, nos inteirando da realidade.
    A primeira reação é: “Por que comigo, meu Deus!?”.
    Bom, até hoje ninguém me disse, se houver algo além desta vida talvez alguém, ou alguma coisa, lembre-se de me dar alguma satisfação.
    Cansado de pensar e não chegar a lugar algum, vem a tentação da fuga e da negação. Nesta fase fazemos todo tipo de conjetura, imaginamos causas e saídas, queríamos ser como os personagens de desenho animado que, quando cercados, sacam de um lápis, desenham uma porta e escapam por ela.
    Alguns se refugiam na crença em milagres, outros acabam acreditando que é possível comprar a saúde perdida. Talvez até hajam milagres, mas acredito que não são do tipo que as pessoas imaginam.
    Quando se percebe que nada disto adianta, não resta mais nada além de virar-se e encarar a realidade. É aqui que muitos se deixam prostrar, desanimam. Ou então se rebelam, contra tudo e contra todos.
    São as últimas camadas de ilusão, as mais duras.
    Enfim, com o tempo e a experiência chegamos a perceber que estávamos lutando contra o problema, e não tentando resolvê-lo.
    A partir daí pode-se aprender a conviver com a IRC.
    O tratamento é simples, acaba sendo mais uma rotina incorporada ao dia a dia. Ao paciente cabe a dieta, os remédios, exames, consultas e, se ele tiver consciência de que é responsável por si, escolher o caminho a seguir.
    A dor, a fraqueza, a limitação, a frustração e o mal estar também farão parte do roteiro. Penso que esta é a lição mais difícil, estar ciente que a IRC tem um preço.
    Mas e depois?
    Depois você olha para sua vida, nota que a IRC é só uma parte dela e que ainda tem sonhos e desejos. E segue em frente.
    Hoje eu olho-me no espelho e enxergo apenas uma pessoa, não um mártir, ou um condenado, um guerreiro ou herói. Quero apenas viver e fazer com que o fato de precisar lutar para estar vivo valha à pena.

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  5. Que alegria George poder ter sua experiência neste blog. Tudo o que voce falou garanto que acontece com muito de nós os renais crônicos.Eu na condição hoje de renal crônica confesso que não tinha coragem de entrar em uma sala de hemodiálise, chegava a passar mal.Antes de começar, quando ia fazer meus exames,via os paci~entes entrarem na sala de hemodiálise e tinha muita pena, e pensava coitado(a) logo irá morrer. Hoje graças a Deus conheço muitas pessoas que fazem hemodiálise ha anos e estão muito bem.

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  6. amiga...eu pretendo transplantar o ano q vem...minha irmã vai doar..eu faço hd a 4 meses..e estou acima do peso..só emagreci 4 kilos na hd.....dizem q depois do tx a gente engorda é vdd issso? o q vc sugere?

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